terça-feira, 6 de dezembro de 2011


Cidade: Morcego é predador da lagarta

Diário Popular

Os  acidentes com  lagartas urticantes (que não é da mesma família da lonômia oblíqua - taturana) registrado no pronto-socorro de Pelotas, despertou o interesse de biólogos. Evitar o contato com o inseto ou mesmo diminuir a incidência na periferia da cidade pode depender de um outro animal que, por sua aparência e folclore, não é bem visto pela população: o morcego.
Segundo o biólogo Roberto Baltar, as mariposas noturnas, que têm as lagartas urticantes ou taturanas como larvas, são atraídas pela iluminação das cidades, onde podem ocasionar acidentes. "A presença da lagarta é menor à noite pelo fato de os morcegos urbanos (espécie encontrada na região) se alimentarem do insetos", explica Baltar. Os casarões antigos são o principal habitat do mamífero noturno, por isso a incidência da lagarta na periferia da cidade é maior. "A rigor, o morcego pode ser um vetor de doenças, mas não há registro de notificações de pessoas contaminadas."
O biólogo Ivan dos Santos Vaz, que atua na área de controle de acidentes com animais peçonhentos, complementa dizendo que o contágio se dá através das fezes do animal, que libera um fungo (devido ao calor). A contaminação pode provocar a histoplasmose (infecção respiratória). "Para isso é preciso manter o local limpo, retirando as fezes usando proteção, como luvas e máscaras ou até mesmo bloquear os acessos de entrada para que o morcego procure outros nichos."
A falta de informação, ou seja, pensar que são da espécie dos hematófagos (se alimentam de sangue e que existem somente no meio rural), pode levar à mortandade do morcego, protegido por lei. "Eles são controladores biológicos das lagartas urticantes", afirma Vaz.
Baltar observa, assim como Vaz, que não se deve matar o animal antes de chamar um técnico para analisá-lo. "O ideal é espantá-lo para outros locais", recomendam. Os biólogos encontram no morcego, considerado inócuo, um dos grandes predadores de insetos. "Para cada tonelada de morcegos mortos, teremos dez toneladas de insetos", complementa o professor. Vaz comenta que a função biológica desse mamífero é tão importante que nos Estados Unidos existem morcegários construídos nas periferias da cidade.
Outros animais, principalmente aves, também têm o papel de predadores. Um exemplo é a "alma de gato", um pássaro que se alimenta da mariposa e de larva.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Lagartas Urticantes ( Bicho cabeludo)

                                             O CICLO BIOLÓGICO DAS TATURANAS

Todos os lepidópteros têm o mesmo tipo de desenvolvimento, variando apenas os períodos conforme a espécie. Devido à sua importância, usaremos como exemplo a já citada Lonomia obliqua. Esta taturana, mais conhecida no Sul do Brasil pelos nomes de Ruga, Oruga, ou Lagarta-taturana, inicia seu ciclo biológico através do acasalamento dos ADULTOS (mariposas macho e fêmea). Estes adultos vivem em média 15 dias e não se alimentam, pois seu aparelho bucal é atrofiado. Após a cópula, fazem as posturas (aglomerado de OVOS) nas folhas e galhos de árvores frutíferas comestíveis, como abacateiro, ameixeira, pesegueiro, comuns em pomares, ou mesmo em árvores nativas dentro das matas. Após 25 dias em média, as LARVAS eclodem dos ovos, passando a se alimentar das folhas da planta hospedeira durante a noite. Neste período larval de aproximadamente dois meses, as taturanas trocam de pele (ecdise) várias vezes, aumentando de tamanho, podendo atingir 8 cm de comprimento. Vivem em grupos (gregarismo) podendo ser vistas “‘repousando” nos troncos das árvores durante o dia. Após a última ecdise, elas se transformam em PUPAS, alojando-se na base das árvores, sob o húmus, onde a umidade é alta. Este período dura em média 25 dias sendo uma fase importantíssima no desenvolvimento do lepidóptero devido às mudanças morfógicas e fisiológicas que ocorrem. Após o período pupal, emergem os adultos machos e fêmeas, reiniciando o ciclo biológico.

CARACTERÍSTICAS DA LONOMIA OBLIQUA Lonomia oblicua (lagarta macaquinho) Colorido geral marrom; cerdas em forma de “pinheirinhos”; manchas brancas em forma de “U” no dorso; hábitos gregários; aproximadamente 7cm de comprimento. Algumas espécies de Hylesia sp. causam acidentes tanto na fase larval como na fase adulta constituindo-se uma exceção. Mariposas fêmeas deste gênero possuem cerdas microscópicas no abdôme que causam dermatite em contato com a pele humana. Este tipo de acidente recebe o nome de Lepidopterismo.

O DOLORIDO ACIDENTE O maior número de acidentes por lepidópteros é do tipo Erucismo, ou seja, causado pela taturana. Normalmente ocorrem da seguinte forma: manuseando a vegetação, a pessoa toca a lagarta com as mãos ou a espreme com os dedos. Após a introdução das cerdas, o veneno é injetado. A dor é imediata e violenta com sensação de queimação, podendo irradiar-se para outras partes do corpo. O local fica vermelho e inchado podendo ocorrer ínguas. Acidentes com lonomias apresentam, além dos sintomas citados, hemorragias em qualquer parte do corpo. São comuns o sangramento pelas gengivas, hematomas e urina escura. Este último sintoma caracteriza problemas renais. Hemorragias intracranianas também foram observadas resultando em óbito.


Lonomia Sp



Taturanas Lagartas urticantes, (que queimam)  Automeris, uma mariposa muito colorida da família Saturniidae e que suas lagartas são responsáveis pelo maior número de acidentes com pessoas. Lagarta urticante de Automeris sp. O CICLO da Automeris, assim como todos os lepidopteros, passa de ovo para lagarta, pupa e adulto. Lagarta urticante de Automeris sp. ESTRUTURA DAS CERDAS URTICANTES As taturanas, de forma geral, apresentam uma coloração variada que fascina pela sua beleza, atraindo com muita facilidade principalmente crianças. Ao tocá-las, cerdas contidas no corpo do inseto perfuram a pele humana desencadeando acidentes dermatológicos. Nas taturanas urticantes, as cerdas são estruturas de ponta aguda e resistente, contendo glândulas produtoras de veneno. Existem diferenças morfológicas que variam conforme a família.
Automeris, uma mariposa muito colorida da família Saturniidae e que suas lagartas são responsáveis pelo maior número de acidentes com pessoas. Lagarta urticante de Automeris sp. O CICLO da Automeris, assim como todos os lepidopteros, passa de ovo para lagarta, pupa e adulto.




                     Automeris Sp


Nos Megalopigídios e Podalia, a base da cerda apresenta uma única glândula inserida no tegumento da lagarta. Quando pressionada por ocasião do contato, a glândula libera o veneno que percorre um canal, sendo injetado na pele humana. A principal característica dos Megalopigídeos é a presença de longas cerdas, frágeis, sedosas e inofensivas, semelhantes a “pêlos” que camuflam os verdadeiros “espinhos” venenosos. Nos Saturnídeos, a cerda é constituída por um eixo central com ramificações laterais, com glândulas de veneno no ápice. Estas cerdas, cujo nome científico é Scoli, são facilmente identificáveis devido à semelhança com pequenos “pinheiros” . Geralmente, a gravidade do acidente é diretamente proporcional ao número de cerdas envolvidas.



                     Megalopyge Sp ( Maranduvá )


                         Podalia Sp



                              

TRATAMENTO Nos acidentes por taruranas, recomenda-se aplicação de compressa de água fria no local do contato. Caso a dor seja insuportável há necessidade da aplicação de anestésico injetável local. Essa medida deve ser realizada por profissional da área médica. Havendo sangramento, o acidentado deverá procurar auxílio médico para aplicação de soro específico. Devido ao grande número de acidentes hemorrágicos a partir de 1989, o Instituto Butantan desenvolveu o Soro Antilonômico que tem a propriedade de reverter o distúrbio causado pela taturana. Atualmente é o único tratamento eficaz . É também de grande importância que a taturana causadora do acidente acompanhe o acidentado, para uma identificação correta.

COMO COLETAR As taturanas são insetos lentos e mansos. Não “pulam” e não “voam”. Geralmente estão aderidas às folhas, galhos ou troncos das árvores, ocasião em que são “tocadas” pelas pessoas. Para coletá-las basta fazer uso de pinças, gravetos ou objetos semelhantes. Podem ser levemente pinçadas e colocadas em frascos variados de boca larga ou “empurradas” para dentro de uma caixa através de leves toques, forçando-as a entrarem no recipiente. Caixas de sapato são excelentes para a coleta.

EVITANDO O ACIDENTE É Importante ressaltar que a prevenção ainda é o melhor remédio contra acidentes com animais peçonhentos. Com taturanas não é diferente. Ao trabalhar na lavoura, colher frutos no pomar ou em qualquer atividade em ambiente silvestre, observe bem os troncos, folhas, flores, gravetos antes de manuseá-los. Sempre use luvas!

NA NATUREZA NÃO EXISTEM VILÕES Apesar das taturanas causarem acidentes e algumas prejuízos, como pragas às lavouras, elas são importantes dentro do equilíbrio da natureza. Sabe-se, atualmente, que o surgimento de lonomias em abundância deveu-se ao desequilíbrio ambiental provocados por desmatamentos, queimadas, extermínio de predadores por aplicação de agrotóxicos e por proliferação de loteamentos em áreas preservadas. Ao encontrar taturanas, não mate-as. Colete-as e procure um profissional para a identificação correta e encaminhamento ao órgão competente. Desta forma, você estará colaborando com a ciência e preservando a natureza.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Rins os órgãos da vida

A importância dos rins
• Limpam do sangue as toxinas nocivas, eliminando-as pela urina
• Regularizam concentrações de cálcio e fósforo e contribuem para a saúde dos ossos
• Ajudam na maturação dos glóbulos vermelhos, cuja falta pode causar anemia
• Contribuem para o controle da pressão arterial. A hipertensão prolongada danifica vasos sanguíneos, causando falha renal



Já percebeste que a excreção é fundamental para a sobrevivência. Sem ela, muitas substâncias tóxicas acumular-se-iam no organismo, e as consequências poderiam ser muito graves, podendo, mesmo conduzir à morte por envenenamento. Para que tal função ocorra, é de vital importância o funcionamento dos rins. Pelo menos um dos rins tem de estar em perfeito funcionamento. No entanto, determinadas doenças são responsáveis pela degeneração destes órgãos e eles deixam de ser capazes de realizar as suas funções de filtração. Podemos salientar dois tipos de situação:

. Insuficiência renal – é a incapacidade dos rins para filtrar e purificar o sangue. Como consequência desta alteração, acumulam-se no organismo produtos tóxicos que deveriam ser eliminados ou, ao contrário, eliminam-se substâncias que se deveriam conservar no corpo, através da reabsorção, como, por exemplo, as proteínas e glóbulos vermelhos. Esta situação pode ser provocada por diversos factores, como a ingestão de determinadas substâncias químicas tóxicas, tais como o mercúrio, certas drogas e mesmo medicamentos, que podem levar à paragem do funcionamento dos rins. Infecções bacterianas e mal formações genéticas podem igualmente ser responsáveis pela incapacidade dos rins de desempenharem as suas funções.

. Pedras ou cálculos renais – quando os rins não têm a capacidade de eliminar todos os resíduos tóxicos e estes ficam retidos, eles podem cristalizar, formando substâncias sólidas que, por vezes, se acumulam nos rins e têm tendência para crescer. A presença destes cálculos provoca fortes dores – as cólicas renais.

Rins

Os rins são órgãos vitais para o funcionamento do organismo. Eles processão a água, sais minerais e participam diretamente da regulação da pressão arterial, composição do sangue, além de produzir hormônios importantes para a produção de sangue (eritropoetina) e saúde dos ossos (a vitamina D ativa). O rim de um adulto sadio filtra em média 170 litros de sangue. O excesso de líquidos, os agentes químicos externos e outras substâncias são eliminadas na forma de urina.

Há várias maneiras de reduzir o risco de desenvolver doenças renais. Confira as dicas da Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplantes:

1.Mantenha-se em forma e ativo.

Manter-se em forma ajuda a reduzir sua pressão e por isso reduz o risco de Doença Renal Crônica. O conceito “movendo-se em prol da saúde renal” é uma marcha coletiva mundial envolvendo o público, celebridades e profissionais que caminham, andam de bicicleta ou correm em áreas públicas. Porque você não se une a eles – do modo que você preferir?

2.Mantenha controle regular do nível de açúcar no sangue.

Cerca de metade das pessoas que tem diabete desenvolvem dano renal, por isso é tão importante para as pessoas que tem diabete fazerem regularmente exames que testam a função dos rins. Dano renal por diabete pode ser reduzido ou evitado se detectado precocemente. É importante manter controle do nível da glicose no sangue com a ajuda dos médicos e enfermeiros, que estão sempre prontos a ajudá-lo.

3.Monitore sua pressão sanguínea.

Embora muitas pessoas saibam que a pressão alta pode causar Acidente Vascular Cerebral (AVC) e infarto, poucas sabem que ela também é a causa mais comum de dano renal. A pressão normal é 120/80. Acima deste valor, você é considerado pré-hipertenso e deveria adotar mudanças na dieta e no estilo de vida. Com a pressão em 140/90 ou mais alta, você deve conversar sobre os riscos disto com o medico e monitorar a pressão regularmente. Pressão Alta é particularmente danosa ao rim quando associada a outros fatores como o diabete, colesterol alto e doenças cardiovasculares.

4.Coma de forma saudável e mantenha o seu peso sob controle.

Isto pode ajudar a evitar o diabete, doenças cardíacas e outras condições associadas com Doenca Renal Crônica. Reduza o sal. A ingestão de sal recomendada é de 5-6 gramas por dia (em torno de uma colher de chá) – considerando TUDO o que é ingerido, não apenas o sal adicionado na comida. Para reduzir o sal, tente limitar a quantidade de alimentos processados pela indústria e não adicione mais sal à comida. Será mais fácil controlar isso se você mesmo preparar seus alimentos com ingredientes frescos

5.Não fume.

Fumar prejudica o fluxo de sangue para os rins. Quando há menor circulação de sangue nos rins, eles não conseguem funcionar de forma adequada. Fumar também aumenta em 50% o risco de câncer renal.

6.Não tome remédios por sua conta.

Remédios comuns como antiinflamatórios também são danoso ao rim se usados de forma frequente. Usados eventualmente não causam dano se o seu rim for saudável, mas se você tem dor crônica, como artrite ou dor nas costas, veja com seu medico outras maneiras de controlar sua dor sem colocar seus rins em risco.

7.Faca exame do seu rim se você tiver um ou mais dos fatores de risco:

•Diabete

•Hipertensão (pressão alta)

•Se você é obeso

•Se algum membro da sua família tiver doença renal

Com cuidados simples você pode evitar problemas futuros. Se precisar de ajuda,procure um médico nefrologista.


Aranha Marron - Loxosceles Sp

Características epidemiológicas

Estes acidentes predominam na região Sul do Brasil, principalmente na região metropolitana de Curitiba. Ocorrem especialmente nos meses quentes e chuvosos e estão freqüentemente relacionados aos atos de vestir e dormir, atingindo com maior freqüência a região proximal de membros e tronco.
Identificação

São aranhas pequenas, atingindo até 1 cm de corpo e 3cm de envergadura. Apresentam coloração marrom, que é uniforme entre as espécies, daí o nome popular de “aranha-marrom”. Têm hábitos noturnos e não são agressivas. As principais espécies causadoras de acidentes no Brasil são: Loxosceles gaucho, L. intermedia e L. laeta.
Ação do veneno

O componente mais importante do veneno das Loxosceles é a esfingomielinase-D que atua sobre a matriz extracelular, e através da ativação do sistema complemento e de ações sobre células endoteliais, epiteliais, leucócitos e plaquetas leva a liberação de mediadores inflamatórios, obstrução de pequenos vasos no local da inoculação do veneno, e conseqüente lesão tecidual. Da mesma forma, a hemólise tem sido atribuída à ação da esfingomielinase-D sobre metaloproteinases endógenas. Uma vez ativadas, estas agem sobre proteínas da membrana de hemácias, tornado-as susceptíveis a ação do complemento.
Quadro Clínico

O loxoscelismo pode ser classificado em duas formas:

1. Forma Cutânea: é a forma clínica mais freqüente. O quadro, de instalação lenta e progressiva, inicia-se com dor discreta após a picada. Posteriormente, em período que pode variar de 4 a 8 horas, a dor reaparece juntamente com edema e eritema. Na evolução, surgem áreas de equimose mescladas com palidez (placa marmórea) e, posteriormente, em período de até 2 semanas, forma-se uma área de necrose seca de extensão e profundidade variável. Associado a lesão de pele, podem ser observados, já nas primeiras 24 horas do acidente, fenômenos gerais como febre, náuseas, vômitos, tontura, cefaléia e exantema maculopapular.
2. Forma cutâneo-hemolítica: mais rara, apresenta além do comprometimento cutâneo, manifestações clínicas decorrentes da hemólise intravascular como: anemia aguda, icterícia, hemoglobinúria que, na grande maioria dos casos, surgem nas primeiras 72 horas do envenenamento. Insuficiência renal aguda (IRA) pode ser observada e, com menor freqüência, coagulação intravascular disseminada (CIVD).

Complicações

Nas formas cutâneas, eventualmente pode haver perda tecidual profunda e extensa, com cicatrizes desfigurantes. Infecção secundária é raramente observada, especialmente na fase de crosta necrótica.

Insuficiência renal aguda (IRA) e com menor freqüência, coagulação intravascular disseminada (CIVD) podem ocorrer na forma cutâneo-hemolítica.
Exames complementares

1. Forma cutânea: leucocitose com neutrofilia e em casos em que a lesão é mais profunda pode-se observar aumento sérico de enzimas musculares como CK, DHL e AST.
2. Forma cutâneo-hemolítica: observa-se anemia de intensidade variável, reticulocitose, leucocitose com neutrofilia, aumento de bilirrubinas total com predomínio de bilirrubina indireta e diminuição da haptoglobina livre. Alterações da função renal e dos testes de coagulação e plaquetopenia podem ocorrer.

Tratamento

Primeiros socorros

* Procurar o serviço médico mais próximo;
* Se possível, levar o animal para identificação.

Geral

* Corticosteróide: tem sido utilizada a prednisona, 1mg/kg/dia, durante os primeiro dias do acidente (5-7 dias).
* Analgésico: especialmente na primeira semana, quando o quadro álgico é mais importante. Pode ser administrado dipirona ou paracetamol.
* Anti-histamínico: está indicado em caso com exantema cutâneo e prurido intenso.
* Antibiótico: apenas nos caso que evoluem com infecção secundária. Administrar antibiótico com ação sobre microorganismos usuais da flora da pele, como por exemplo, cefalexina.
* Debridamento cirúrgico e cirurgia reparadora: nos casos que evoluem com necrose, o debridamento pode ser necessário quando há a delimitação da mesma, o que costuma ocorrer a partir da segunda semana. Em situações onde haja perda tecidual importante, avaliar a necessidade de enxerto ou correção de cicatrizes.

Nas formas hemolíticas que evoluem com complicação, avaliar a necessidade de métodos dialíticos e de reposição de concentrado de hemácias.

Específico

O antiveneno específico está indicado para a forma cutâneo-hemolítica, e na fase inicial da forma cutânea (Tabela 5).

Tabela - Loxoscelismo: classificação dos acidentes quanto à forma clínica e tratamento.
LOXOSCELISMO#

Manifestações clínicas

TRATAMENTO
inespecífico

específico
Cutâneo

quadro local:
edema, eritema, dor, equimose, palidez cutânea, bolha, vesícula, necrose

quadro geral:
febre, mal estar, exantema
corticosteróide durante 3-7 dias (prednisona 1mg/kg/dia)

analgésicos
5 ampolas*
Cutâneo-hemolítico

além dos acima referidos:
icterícia, anemia, alterações laboratoriais indicativas de hemólise, insuficiência renal


corticosteróide
hidratação parenteral
diuréticos
correção de distúrbio hidro-eletrolítico
10 ampolas*

* Soro anitiloxoscélico (SALox) ou Soro antiaracnídico (SAAr) – 1 ampola = 5 ml.
# Com ou sem identificação da aranha.

Prevenção

* Sacudir roupas e sapatos antes de usá-los;
* Não pendurar roupas nas paredes.
* Fazer limpeza periódica atrás de quadros, painéis, objetos pendurados, sofás, armários e outros móveis;
* Evitar acúmulo desnecessário de caixas, jornais e revistas;
* Preservar os predadores naturais das aranhas, como lagartixas, sapos e aves.